Thiago ao Vivo

Entrevista: Baterista do TEST Thiago Barata fala sobre a turnê no Sul e outras novidades

Tempo de leitura: 5 min

Thiago Barata conta sobre a trajetória no Underground, a dinâmica de composição e shows e a boa receptividade no Sul do país.

Como está a turnê pelo sul do país, e a receptividade de público?

R: É até difícil dizer, porque está sendo muito foda. Começamos em Jaraguá do Sul, descendo até Rio Grande, depois subimos Santa Maria, Ijuí, Estrela, onde nossa turnê terminou em Porto Alegre. Agora nos juntamos com o Gangrena fazendo 04 shows, Florianópolis, Pomerode, Joinville e Curitiba. Impressionante a receptividade de todo mundo e o quão bom, estão sendo os shows. Já estamos até avisando que março do ano que vem (2023) estamos de volta.

Os shows ocorreram no estilo antigo de chegar e montar à aparelhagem em qualquer lugar, ou está sendo mais em casas noturnas?

R: Aqui no Sul não, mas em SP fazemos os dois. Na rua faz um tempo que não fazemos, porque curtimos fazer na frente de shows de bandas que gostamos. Colocamos as coisas na frente e saímos tocando. Mas nestes últimos anos, sempre que vinha alguma banda legal, já tínhamos shows marcados em outro lugar. Estava até conversando com o João que precisamos retomar esse esquema, pois a última vez foi com o King Diamond, tocamos dentro abrindo o show para eles, e depois tocamos do lado de fora. No Sul os shows estão sendo todos em casa noturna ou em bar ou estúdio. Nosso plano ano que vem quando voltarmos, temos a intenção de tocar no Chuí, provavelmente na rua, só para dizer que tocamos lá. Vamos ver se rola.

Chegaram tocar no Oiapoque?

R: Ainda não, kkk. Único estado que não tocamos ainda no Brasil foi em Roraima, ainda. Mas temos planos, estamos loucos para tocar lá.

Mais de 12 anos de banda, o que motiva vocês estarem nesse caminho?

R: É a coisa que mais gostamos de fazer. Eu ainda gosto de fazer outras coisas, andar de bicicleta, outros rolês, mas o João eu sei que ele gosta só disso. Apesar de gostar de outras coisas, estar na estrada conhecendo lugares e pessoas novas, tendo uma vida meio nômade, me agrada muito. Ver lugares diferentes, conhecer pessoas com realidade diferentes da minha, isso é muito bom. Mesmo assim, estando em vários lugares distantes, ainda me deparo com pessoas com os mesmos gostos musicais que o meu, isso é bem interessante.

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Até em que ponto a pandemia afetou vocês?

R: Afetou a gente de um jeito absurdo. Em 2020 por sorte, fizemos a turnê no Sul em fevereiro e março, e acabou um dia antes de começar a quarentena em SP. Então ainda restou um pouquinho de grana, e não tivermos shows cancelados. Mas depois quebrou nossas pernas, porque tínhamos agendas de shows na Virada cultural em SP, tinha o Sesc para tocar com meu outro projeto, o DR engatilhado, tínhamos uma turnê nos EUA agendada para o TEST, então caiu tudo, e agora que está retomando aos poucos. Eu e o João tivermos que fazer várias outras coisas para sobreviver e tudo o mais. Conseguimos, não faltou nada em casa, o que foi maravilhoso, e agora estamos na correria de novo.

Eu ouvi bastante o trabalho que vocês fizeram como Big Band, achei que ficou muito bom. Alguma pretensão de retomar isso em algum momento? Ou até mesmo excursionar e fazer shows deste tipo?

R: Estamos pensando em fazer com a Big Band, mas com outros integrantes e num formato reduzido. Para viajar fica complicado infelizmente, só se um festival bancasse ou com apoio de prefeitura para rolar. Queremos fazer e mostrar as coisas diferentes que fazemos, mas é difícil, por causa do custo e quantidade de gente. Mas quem sabe.

Algum projeto novo, visto que em 2021 vocês lançaram “o jogo humano’ e o Beatiful Day?

R: o Jogo humano saiu em 2019 num disco completo em 12 polegadas, mas fazemos várias versões.  No Bandcamp ele está desta forma, por exemplo, saiu um disco com 54 músicas, cada uma com uma palavra diferente e com outras montagens. Ao invés de ser as músicas separadas, as músicas acabam formando frases e dividindo eles nas versões diferentes de cada disco. Dá pra entender melhor indo no Bandcamp da banda.

 Algo novo para sair este ano?

R: Sim, gravamos o disco, vai se chamar “DISCO NORMAL”, já temos camiseta da capa, mas o disco está em processo de mixagem e vai sair este ano ainda. Gravamos parte em estúdio e parte na rua, então na mixagem o João vai juntar as duas gravações. Por exemplo, pode haver faixa que a bateria da rua pode ter saído melhor que a bateria do estúdio, então provavelmente ela será usada, intercalando gravações de estúdio e rua. Junto do disco, vai sair um documentário todo esse processo de gravação, e nossa ideia é exibir em várias cidades diferentes. Estamos em conversas com algumas pessoas do Sul para ver onde podemos lançar e fazer as exibições.

Show fora do país?

R: Vai rolar shows no EUA em agosto e setembro a princípio. E em março estamos de volta ao SUL do Brasil de novo.

https://testgrind.bandcamp.com/

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